Neto de imigrantes italianos, trabalhadores em uma fazenda em São José do Rio Pardo, Antonio de Pádua Caropreso (1931-2022) nasceu e cresceu na cidade de São Paulo, em uma vila do Brás. Formado em Mecânica na Escola Técnica Getúlio Vargas, a fotografia era um interesse que cultivava desde a adolescência. De família humilde, teve sucesso ao montar um negócio com seu irmão Domingos Rimoli Caroprezo e, assim, sempre que conseguia juntar um dinheiro, investia em filmes e equipamentos cinematográficos. Casou-se em 1957 com Magda Belcari Caropreso, mineira criada em São Paulo, nascida em 1934, com quem teve quatro filhos: Luiz Antonio (1958), Carlos Alberto (1961), Paulo Roberto (1967) e Viviane Rita (1972).
Antonio tinha em casa um estúdio fotográfico com câmeras Laika e Pentax, onde ele próprio revelava e ampliava as fotos. Quanto aos filmes, as exibições ocorriam também na casa da família, acompanhados de lanches e café feitos por Magda. Aconteciam tanto projeções dos filmes preto e branco em 8mm quanto de slides coloridos, em carro horizontal.
O principal assunto dos filmes, é a própria família Caropreso, sendo Magda e as, então, crianças figuras muito presentes. Moradores da cidade de São Paulo, eles tinham dois programas recorrentes registrados nas imagens. O primeiro era a viagem nas férias para Poços de Caldas (MG), destino onde Antonio e Magda passaram a lua de mel e depois criaram o costume de levar os filhos. E o segundo, os domingos em Atibaia (SP), onde costumavam passar a manhã andando a cavalo, almoçavam e voltavam no mesmo dia para casa.
A coleção composta de filmes 8mm foi doada ao LUPA por Luiz Caropreso, por intermédio de Maria Fernanda Coelho, em 2022.